domingo, 1 de julho de 2007

Festa do Avante! uma festa única

A Festa do Portugal de Abril, da liberdade, da fraternidade, da solidariedade, que a vontade, a determinação, o empenho e a dedicação tornam possível, tem a 7, 8 e 9 de Setembro a sua 31.ª edição.

A Festa realiza-se este ano num quadro de continuado ataque, por parte do governo do Partido Socialista, aos direitos dos trabalhadores, às funções sociais do Estado, ao ordenamento jurídico-constitucional do País, à autonomia do Poder Local democrático.

Mas o PCP não fecha para férias

O Partido não encerra para férias, está no combate diário contra estas políticas, no esclarecimento e na mobilização das populações em defesa dos serviços públicos de proximidade e com qualidade, contra as políticas caritativas.

Na luta pela defesa dos direitos laborais, da contratação colectiva, dos salários dignos, do trabalho estável, e contra a ausência de democracia nos locais de trabalho. Na luta pela exigência de pensões dignas e pela manutenção da idade de reforma.

Na luta em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade, pela avaliação contínua e contra a imposição dos exames.

O Partido denuncia e luta contras as tentativas para condicionar a sua actividade, de que são exemplo a Lei dos Partidos e a Lei do Financiamento dos Partidos e das Campanhas eleitorais. Denuncia também as tentativas de branqueamento do fascismo e a passividade dos poderes públicos perante tais provocações.

É neste quadro que estamos a preparar a nossa Festa. Festa que já está a ser concebida e construída, dos estiradores da criatividade ao empenho abnegado de muitos militantes do Partido e de amigos que, semana após semana, com o seu contributo em milhares de jornadas de trabalho, fazem desta Festa uma festa única. A Festa do colectivo partidário que lhe dá corpo e a torna possível pelo envolvimento de todos na sua concepção, construção, promoção e funcionamento. A Festa dos que, dia após dia, também fazem com que o Partido chegue a mais gente, distribuindo o jornal dos artistas, folhetos, tarjetas, colando cartazes, colocando faixas, pendões.

Incrementar da venda da EP, título de solidariedade, seguro do sucesso e da participação na nossa Festa, é uma tarefa fundamental.

As provas desportivas, as iniciativas que por todo o país se realizam para a promover são também Festa, partilham do mesmo espírito, levam a muitas localidades os ideais que a inspiram.

A Festa é debate, onde nos diversos fóruns de debate - do Pavilhão Central aos espaços das Organizações Regionais, da ciência, da cidade internacional - o Partido discute com os visitantes os pequenos e grandes problemas que afectam os trabalhadores, as populações, o país e o mundo e as nossas propostas para a sua resolução.

A Festa é acto de abertura e comício de encerramento, espaços maiores de mobilização dos militantes do Partido, de denúncia da situação política e social e de afirmação das propostas do PCP para tirar o país da situação em que se encontra.

È conversa com os visitantes sobre os direitos dos trabalhadores e da necessidade da sua defesa.

É solidariedade internacionalista, troca de experiências, conhecimento de outras lutas, de outras realidades, da possibilidade real de construção da alternativa ao capitalismo. É expressão da luta que se desenvolve um pouco por todo o mundo por partidos comunistas e outras forças progressistas em defesa dos interesses dos seus povos, em luta pelo reconhecimento da sua realidade nacional, em defesa da sua soberania, em luta contra a ocupação dos seus países e a espoliação das suas riquezas, as suas propostas e experiências para a superação do capitalismo.

A Festa é cultura, não modelo imposto mas diverso, dando expressão a distintas correntes artísticas. Desde o fado ao rock, passando pelo jazz. São artistas nacionais e estrangeiros que fazem do nosso espaço o de programação maior e mais diversificada. A Festa é teatro, é dança, é etnografia e folclore de norte a sul do país, é animação da mais tradicional a novas abordagens.

A Festa é arte, este ano enriquecida pela realização da XV Bienal de artes plásticas, que, sob o tema «voa mais largo», lança o desafio a todos os que nela queiram participar, dando largas à sua criatividade e participando na maior Festa que o Portugal de Abril constrói.

A Festa é espaço do livro e do disco, onde podemos verificar as últimas novidades e encontrar este ou aquele exemplar já antes desejado mas só agora alcançável.

A Festa é ciência, abordagem reflectida das necessidades do Homem, mas também das limitações e possibilidades para a sua satisfação no capitalismo, colocando-se no caminho da satisfação das nossas necessidades e do desenvolvimento sustentável e pela recusa da sua subserviência aos objectivos da rapina dos recursos e do lucro.

A Festa é Espaço Central onde, para além do Forum que debaterá temas fundamentais da actualidade política, teremos uma exposição que será reflexo da imensa actividade do PCP, haverá lugar para a imprensa do Partido, o Avante! e O Militante, o espaço Rádio Comunic, o espaço das tecnologias da informação e da comunicação, onde se poderá adquirir o Komunix, versão adaptada da plataforma open source Linux, o espaço da banca.

A Festa é também desporto, actividade necessária ao desenvolvimento integral do ser humano, onde o desporto é prática e não consumo, afirmando a prática desportiva como necessidade.

A Festa é gastronomia, trazida pelas organizações do Partido, diversidade característica das diferentes regiões do país que nos brindam com pratos regionais característicos, os quais não estarão completos sem os vinhos produzidos pelo saber fazer acumulado de gerações, bem como pela oferta gastronómica de outras zonas do mundo.

A Festa é participação popular, que faz dela a maior iniciativa político-cultural do nosso País, onde o contributo do mais novo ao mais experiente é sempre bem-vindo, onde se pode usufruir da diversidade cultural.

A Festa é juventude, que, com a sua presença, participação e contributo, com a sua generosidade, entrega e dedicação, faz justamente da Festa do Avante! a festa da juventude e do futuro.


Escrito por Laurentino Barbosa
in OMilitante

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