Agora que passaram 50 anos - comemorou-se o lançamento do Sputnik 1 no espaço em 4 de Outubro de 1957 -, ainda dá para pensar aquela do Professor Varela Cid, professor, creio que de Aerodinâmica do Instituto Superior Técnico - e não, como há quem o diga, Professor de Astronáutica, que a náutica entre astros ainda estava para começar - que veio, ele, Varela Cid, para os órgãos de comunicação social, dizer que era impossível colocar um satélite no espaço, que se tratava de propaganda «russa»… Por essa altura, andava eu pelo terceiro ano «dos liceus», hoje sétimo ano do «básico», como aluno interno no Colégio Militar e não teria sido fácil ouvir tal atoarda em directo. No entanto, transcrevo a seguir um testemunho de Álvaro Belo Marques que, com toda a facilidade, encontrei na Web(1): «(…) Uma vez, estava eu a estudar, com o Rádio Clube Português em fundo, eram quase onze da noite, quando oiço o professor de Aerodinâmica no IST, doutor Varela Cid, dizer que o Sputnik era uma invenção propagandística dos russos e que era impossível lançar no espaço um satélite artificial. Logo em seguida, falou Henrique Galvão, pela Aeronáutica Civil, dizendo que, para pôr um satélite em órbita, bastava ter tecnologia e cérebros. Dá as onze e o RCP anuncia que o Observatório Nacional acabava de assinalar a passagem do Sputnik e que o seu bip-bip se poderia ouvir na frequência tal e tal, a dos crédulos. O professor, se tivesse esperado cinco minutos, não teria caído no ridículo (…)». O bip-bip… o mesmo que ouvi no 4 de Outubro deste 2007 na RDP2 quando me dirigia para o trabalho. Uma efeméride chamada, de seu direito, à primeira página do Público - há que assinalá-lo -, com uma bela fotografia, uma efeméride que marca o início da empresa espacial por parte da espécie homo sapiens sapiens. E, por um momento, desviemo-nos do Varela Cid daquele Portugal, de que vamos sofrendo, ainda com forte intensidade, as heranças das suas ramificações, e veja-se o que, por exemplo, poderia saber o Presidente Eisenhower. A Casa Branca, ao mesmo tempo que não se quis pronunciar sobre os aspectos militares do lançamento do Sputnik 1 - Ai, a quente Guerra Fria! -, declarou que o acontecimento não constituía uma surpresa. Com efeito, por exemplo, «o Presidente dos EUA Dwight Eisenhower dispunha de fotografias das instalações soviéticas tiradas desde 1956 a partir de voos conduzidos por [aviões] U-2 da Lockheed»(2). E acerca do impacto provocado na sociedade dos EUA (e seguramente na generalidade das sociedades ocidentais), de acordo com John Logsdon: «Os nossos filmes e programas de televisão nos anos 50 estavam cheios com a ideia de ir para o espaço. O que surpreendeu foi o facto de ter sido a União Soviética a lançar o primeiro satélite. Não é fácil evocar o ambiente daquele tempo»(3). Portanto, tanto para o presidente dos EUA como para a respectiva sociedade o facto de ter sido colocado um satélite no espaço exterior não constituiu nenhuma surpresa - no entanto, o ter sido considerado impossível pelo Professor português, da área talvez mais condizente, terá constituído uma surpresa. E tanto que, como surpresa «significa» informação, pavlovianamente lá saltou, de uma já então salivante área mediática, quem lhe difundisse a opinião «científica» - lá teve Varela Cid a oportunidade; infelizmente - estando lúcido - para ele. Voltando agora à citada fotografia do Público na edição de 4 de Outubro, deve ser referido, para os que não a viram, que ela representava o planeta vermelho - Marte que recentemente reapareceu nos media a propósito da preparação, na Rússia, de uma expedição a esse planeta. Lá mostraram na televisão a instalação onde os astronautas se preparam para este empreendimento. Lá referiram, e mostraram uma fotografia sua, na televisão, Tsiolkovski, do entusiástico «pai» - como se usa actualmente dizer - da Astronáutica soviética, e por que não dizê-lo, da Astronáutica. Tsiolkovski que, na obra teórica «A exploração do espaço cósmico por motores de reacção», publicada em 1903, discute quais os combustíveis necessários para que um foguetão possa dispor da potência suficiente para se libertar da atracção terrestre e atingir outros planetas.(4) Já então! Enfim, o Sputnik 1 era um elo fundamental de uma epopeia com pernas para andar, atravessando tempestades e marés. Marte está programado para próxima escala. in jornal Avante! Nº 1767 de 11.Outubro.2007 |
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
SPUTNIK 1
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Sputnik lançado há 50 anos
in jornal Avante! Nº 1767 de 11.Outubro.2007
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Espaço da Ciência - Festa do Avante! 2007
Estradas, carris e GPS
Atrás, em painéis, explicava-se que a observação das estrelas pode guiar as pessoas nas suas deslocações. Foi isso mesmo que aprenderam a fazer os fenícios em 1100 a.C., quando utilizaram as estrelas para governar os barcos durante a noite. Foi isso mesmo que aprenderam vários outros povos antigos, que usaram o Sol e as estrelas para se orientarem e a partir daqui puderam definir os quatro pontos cardeais – norte, sul, este e oeste. Depois surgiu a bússola, por invenção chinesa. Conhecendo o norte magnético passou a ser possível seguir direcções bem precisas.
Mais recentemente, surgiu o GPS que dá as coordenadas de qualquer lugar da Terra através de um receptor. Este sistema recorre-se de 24 satélites artificiais, quatro dos quais sempre visíveis em qualquer lugar da terra. Em breve, o Galileu (versão europeia do norte-americano GPS) será instalado no espaço, com a promessa de corrigir a actual margem de erro do GPS de 20 para 7 metros.
Saindo da astronomia, entrava-se na Física. E a aprendizagem prosseguiu. Com o auxílio dos jovens do Núcleo de Física do Instituto Superior Técnico era possível observar, experimentar e perceber o funcionamento de importantes máquinas e inventos. Lendo os painéis e ouvindo os jovens físicos, soubemos que a máquina a vapor é semelhante a uma chaleira com água a ferver (em escalas e com aproveitamentos diferentes, claro está) e que o armazenamento é a grande questão ao quando se fala de energia solar e que este pode ser feito com recurso (não só mas também) à água.
A roda e os traseiros de cavalo
Deixando para trás a Física e a Astronomia, entramos na exposição dedicada especificamente aos transportes terrestres, «da Roda ao TGV». Em estantes, com o aviso de «não mexer» podem observar-se pequenas reproduções de motores e automóveis, deixando claro o tremendo desenvolvimento tecnológico verificado neste sector não só nas últimas décadas, como desde a invenção da roda, em 3500 a.C.
A tecnologia avançou muito, é certo. Mas ainda hoje estamos condicionados a invenções que remontam à antiguidade. Ao inventarem os carros, os romanos fizeram-no com uma medida que permitisse acomodar dois traseiros de cavalo. Na Inglaterra da Revolução Industrial, nasceu o comboio, a partir dos carris que utilizavam carros cuja medida era… dois traseiros de cavalo.
Mas não ficamos por aqui: o vai-e-vem espacial norte-americano, o famoso Space Shuttle, utiliza dois tanques de combustível que foram projectados por engenheiros de Utah. O seu desejo era construí-los mais largos, mas existia uma limitação objectiva: a largura dos túneis ferroviários por onde iam ser transportados. Resumindo, como se lia num painel da exposição, «o exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia foi condicionado pelas dimensões do traseiro dos cavalos romanos». Sempre a aprender.
O desenvolvimento foi rápido, demonstrou-se na exposição. Se em 1880 ainda não havia automóvel, oitenta anos mais tarde, havia já 95 milhões, todos movidos por motores de combustão interna – ou seja, mais rápidos, leves e potentes do que as velhas máquinas a vapor. O primeiro automóvel a chegar a Portugal foi um Panhard-Levassor, importado pelo Conde de Avilez em 1895.
Transportes e política de transportes
Ao falarmos de ciência não podemos falar apenas de ciência. Frequentemente, colocam-se-nos algumas questões como «a quem serve o desenvolvimento tecnológico?» ou «porque razão existem ainda milhões de pessoas privadas de transporte e de infra-estruturas básicas?».
Na exposição e nos debates do Espaço da Ciência da Festa do Avante! fizeram-se estas e outras perguntas e avançaram-se sugestões de respostas. Num painel da exposição, lembrava-se as conclusões do XVII Congresso do Partido acerca do sector, destacando os desastrosos resultados das «políticas e medidas sujeitas ao objectivo de total privatização e liberalização do sector e total subordinação aos interesses do grande capital».
As consequências para a saúde pública da utilização dos combustíveis fósseis também foram afiançadas na exposição. Num dos painéis enumerava-se as matérias poluentes e explicitava-se os seus efeitos.
No auditório de debates do Espaço da Ciência, foram debatidos estes e outros temas. O professor Manuel Tão, o engenheiro Rego Mendes e José Fonseca debateram «os transportes terrestres e os avanços tecnológicos», enquanto que Ana Maria Silva e Alice Figueira debruçaram-se sobre os impactes destes avanços na poesia, num debate intitulado «Poesia sobre rodas».
«Transportes terrestres e poluição, uma questão de saúde pública» foi o tema de outra sessão, que contou com a participação dos professores Luís Vicente, Silva Santos e Anabela Silva. A política nacional de transportes e a alternativa que o PCP propõe esteve em discussão. Participaram Amável Alves, da CGTP-IN, o deputado do PCP Bruno Dias, e Eduardo Vieira, responsável pelo sector de transportes da Direcção da Organização Regional de Lisboa do Partido. O futuro dos transportes terrestres no que respeita à energia foi o tema abordado pelo engenheiro Carlos Carvalho, pelo professor Rui Namorado Rosa e pela economista Sílvia Silva.
O astrónomo Máximo Ferreira e a professora Lurdes Silva falaram sobre o «ano internacional da Heliofísica» que se comemora em 2007.
«Teatro sobre rodas» foi o tema do apontamento teatral dirigido por Célia Silva. As crianças também tinham o seu espaço, onde podiam aprender, jogar e desenhar acerca dos transportes e das regras de segurança.
texto retirado do jornal Avante!
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
sábado, 8 de setembro de 2007
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
sábado, 25 de agosto de 2007
O Espaço Ciência já não é só papel... está a ganhar forma!
Vindo do Palco 25 de Abril, descendo em direcção ao lago.
Vista oposta
Vindo do Palco 1.º Maio.
Próximos passos da construção do Espaço da Ciência:
- Colocação das paredes de madeira (internas e externas);
- Instalação eléctrica;
- Sistema de água;
- Pintura das paredes;
- Montagem da exposição.
E o mais importante... receber os visitantes da Festa do Avante!.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Ciência sobre Rodas
A Festa em construção Espaço Ciência realça transportes terrestres |
O Espaço da Ciência na Festa do Avante!, agora situado ao pé do lago juntamente com a Astronomia, incidirá este ano sobre os transportes terrestres, «da roda ao TGV». Em destaque estarão os avanços científicos e tecnológicos neste sector, bem como os seus impactos no meio ambiente e nas formas de vida das populações. De todos os inventos do homem, poucos terão sido tão importantes como a roda para o desenvolvimento técnico e científico – mas também económico e social – da humanidade. A partir do invento da roda – na Mesopotâmia, algures por volta de 3500 a.c. – os homens passaram a deslocar-se com maior rapidez entre distâncias cada vez maiores e com a capacidade de transportar não só pessoas como carga e mercadorias. Atrás desta invenção – a «mãe» de todas as invenções do homem – vieram as estradas, os caminhos e os veículos, cada vez mais sofisticados e poderosos. Na Mesopotâmia, as estradas serviam inicialmente para facilitar o transporte de comerciantes entre aldeias, vilas ou cidades. Neste local nasceram também os primeiros veículos de quatro rodas, puxados por animais. Na Suméria, mil anos depois da invenção da roda situar-se-á o aparecimento do primeiro carro de duas rodas, mais rápido e ágil para ser utilizado na guerra. Pela mesma altura, mas no Egipto, surge a primeira estrada de pedra, de um quilómetro. A roda raiada, o carro de corrida ou os carros de um boi, estes últimos surgidos na China, foram algumas das mais notáveis criações humanas. Destes tempos aos nossos dias muitas foram as criações humanas. A máquina a vapor, motor da Revolução Industrial, permitiu deslocações mais poderosas e mais rápidas. As infra-estruturas desenvolveram-se e criaram-se pontes, túneis e carris. A própria noção do tempo alterou-se. Antes do aparecimento do caminho-de-ferro, cada cidade tinha a sua hora própria, diferente de todas as outras. A partir de então, ao longo do percurso de um comboio, passou a existir «a hora do comboio». O automóvel e o eléctrico foram as invenções seguintes e muitas mais se seguirão. Augusto Flor, da Direcção da Festa do Avante! e responsável pelo Grupo de Trabalho da Ciência justifica a escolha do tema: «a questão dos transportes acompanha a evolução humana desde sempre.» Em sua opinião, este tema liga-se com a mobilidade e a liberdade do ser humano, com a interculturalidade e também com a economia e com a qualidade de vida. «Da roda ao TGV» Assim, estarão em destaque na exposição deste ano do Espaço da Ciência os transportes terrestres «da roda ao TGV», portanto, cerca de cinco mil anos de evolução da humanidade. Para esta exposição, conta Anabela Silva, do grupo de trabalho, foram definidas quatro épocas fundamentais. A primeira, de 3500 a.C. a 1700 d.C., é intitulada «A roda e os primeiros veículos» e a seguinte aborda os tempos da revolução industrial (de 1700 a 1880 d.C.) e tem como lema «A todo o vapor». «A ascensão do automóvel e do eléctrico» é a época seguinte, que engloba os anos de 1880 a 1960 da nossa Era. «A actualidade», é a época seguinte. A finalizar, em «O futuro», traçam-se perspectivas de desenvolvimento, revelou Anabela Silva. Augusto Flor realçou ainda que dentro de cada uma destas épocas há diferentes perspectivas de abordagem: os meios de transporte; as infra-estruturas; o impacto deste desenvolvimento nas artes e nas letras; e também as suas consequências sociais, políticas e ambientais. Alice Figueira, responsável no Grupo de Trabalho pelo sector das artes e letras, realça os impactos dos transportes nas diversas artes, particularmente na literatura. Em Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett descreve as carroças, os carros de burros e também o comboio. E já surgem as estradas, «ainda muito desconfortáveis». Na poesia de Cesário Verde aparecem as estradas macadamizadas, e Álvaro de Campos, na Ode Triunfal dá «grande relevo ao automóvel». Em obras mais antigas surgem referências, mas é com os meios mais modernos que os impactos se fazem sentir mais, afirmou Alice Figueira. Também ao nível das infra-estruturas, os elementos do grupo de trabalho descobriram já coisas interessantes e para muitos desconhecidas. O traçado das principais estradas portuguesas actuais é semelhante ao das estradas romanas, que também tinham dimensões e materiais diferentes, correspondendo a cada categoria de via. Actualmente, a nanotecnologia é já uma realidade no sector dos transportes terrestres, assim como a navegação por satélite. in Jornal Avante! Nº 1758 09.Agosto.2007 |
Mais do que ciência, política
Em Portugal, por exemplo, tem-se desvalorizado o transporte ferroviário. Mantiveram-se aqueles que são os eixos centrais e encerrou-se grande parte dos ramais regionais, que levavam o transporte ferroviário às regiões mais recônditas do País. A lógica é a do lucro e não a da satisfação de uma necessidade que é pública, independentemente da natureza da oferta do serviço.
Assim, destacou Augusto Flor, na exposição pretende-se ainda estabelecer uma relação entre ideologia e os transportes. «Não é indiferente a cada época ou a cada governo o índice de desenvolvimento dos transportes terrestres», afirmou. Rodoviário ou ferroviário, individual ou colectivo, público ou privado – todos estes vectores são claramente políticos, destacou o responsável.
O PCP, lembra Augusto Flor, tem um imenso património de propostas sobre transportes. O desenvolvimento de uma rede ampla – aproveitando as infra-estruturas instaladas – de transporte ferroviário, com ramais para todas as regiões do País é uma delas. A aposta no transporte colectivo em detrimento do individual e do público sobre o privado são outras das propostas dos comunistas, que pugnam ainda pelo carácter intermodal dos títulos de transporte. «Não faz sentido que, por vezes para andar dez quilómetros na zona de Lisboa, se tenha que comprar quatro ou cinco bilhetes», afirmou Augusto Flor.
Na literatura, particularmente no neo-realismo português, a questão social é também notória. Alice Figueira lembra que José Gomes Ferreira conta, na sua obra O graxa, que existiam lugares marcados nos eléctricos de Lisboa. «Para os miúdos da rua era à pendura.» Já Soeiro Pereira Gomes retrata, num conto, a terceira classe dos comboios, reservada aos operários.
Para Augusto Flor, o avanço técnico e científico é importante, mas não é suficiente. A questão fundamental é política: «a quem serve esse progresso?»
in Jornal Avante! N.º 1758 09.Agosto.2007
Um novo espaço, junto ao lago
«Será um espaço de convívio permanente. Vai ter, em momentos concretos, debates e conferências», afirmou o responsável por esta área. Durante a Festa, haverá quatro debates: «Transportes e poluição – um questão de saúde pública»; «Transportes e energia – que futuro?»; «Avanços tecnológicos na área dos transportes»; e «Política Nacional de Transportes».
Como tem sido habitual, o professor Máximo Ferreira coordenará o sector da Astronomia e o Grupo de Física do Instituto Superior Técnico marcará novamente presença com as suas experiências. Devido à partilha de espaço, tanto nas conferências do astrónomo como nas experiências de Física, o tema dos transportes terá um destaque especial, embora não único.
Como tem vindo a ser hábito, as crianças terão um espaço próprio. Segundo Lurdes Silva, responsável no grupo de trabalho por esta área, as crianças e os jovens absorvem muita informação e, além disso, têm um grande poder de influência sobre os pais.
As actividades serão variadas e adaptadas à idade da criança ou do jovem. Haverá puzzles sobre o avanço técnico e científico dos transportes terrestres, «da roda ao TGV». Será também possível às crianças pintar e desenhar sobre este tema.
Está também a ser desenvolvido um jogo de computador sobre questões de segurança nos transportes, para sensibilizar as crianças para os perigos e medidas a tomar nos transportes. Com recurso a marionetas as crianças poderão ainda contar pequenas histórias dedicadas a estas temáticas.
Naquele espaço, revelou Augusto Flor, haverá ainda momento de teatro e de poesia.
in Jornal Avante! N.º 1758 09.Agosto.2007
Programa do Auditório
Ciênci@vante! (Junto ao Lago)
7 de Setembro (Sexta feira)
21,00 Horas - “2007 - Ano Internacional da Heliofísica”
Máximo Ferreira - Astrónomo
Lurdes Silva - Professora (Moderadora)
8 de Setembro (Sábado)
15,00 Horas - “Os Transportes Terrestres e os avanços tecnológicos”
Manuel Tão - Professor Universitário
Rego Mendes - Engenheiro
17,30 Horas - “Poesia sobre Rodas”
Ana Maria Dias - Professora
18,00 Horas - “Transportes Terrestres e Poluição, uma questão de saúde pública”
Luís Vicente - Professor Universitário
Silva Santos – Professor Universitário de Saúde Pública
21,00 Horas - “Políticas nacionais de transportes. O PCP tem alternativas!”
Amável Alves - Membro da Com. Ex.ª. do Conselho Nacional da CGTP
Bruno Dias - Deputado na Assembleia da República
Eduardo Vieira – Respl. Sector Transportes da DORLisboa (Moderador)
9 de Setembro (Domingo)
15, 00 Horas - “Teatro sobre Rodas”
Apontamento teatral por jovens actores amadores
Célia Figueira - Professora (Direcção de actores)
15,30 Horas - “Transportes Terrestres e energia. Que futuro?”
Carlos Carvalho - Engenheiro
Sílvia Silva - Economista (Moderadora)
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Começou a construção da Festa 2007 - Participa
domingo, 1 de julho de 2007
Festa do Avante! uma festa única
O Partido não encerra para férias, está no combate diário contra estas políticas, no esclarecimento e na mobilização das populações em defesa dos serviços públicos de proximidade e com qualidade, contra as políticas caritativas.
Na luta pela defesa dos direitos laborais, da contratação colectiva, dos salários dignos, do trabalho estável, e contra a ausência de democracia nos locais de trabalho. Na luta pela exigência de pensões dignas e pela manutenção da idade de reforma.
Na luta em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade, pela avaliação contínua e contra a imposição dos exames.
O Partido denuncia e luta contras as tentativas para condicionar a sua actividade, de que são exemplo a Lei dos Partidos e a Lei do Financiamento dos Partidos e das Campanhas eleitorais. Denuncia também as tentativas de branqueamento do fascismo e a passividade dos poderes públicos perante tais provocações.
É neste quadro que estamos a preparar a nossa Festa. Festa que já está a ser concebida e construída, dos estiradores da criatividade ao empenho abnegado de muitos militantes do Partido e de amigos que, semana após semana, com o seu contributo em milhares de jornadas de trabalho, fazem desta Festa uma festa única. A Festa do colectivo partidário que lhe dá corpo e a torna possível pelo envolvimento de todos na sua concepção, construção, promoção e funcionamento. A Festa dos que, dia após dia, também fazem com que o Partido chegue a mais gente, distribuindo o jornal dos artistas, folhetos, tarjetas, colando cartazes, colocando faixas, pendões.
Incrementar da venda da EP, título de solidariedade, seguro do sucesso e da participação na nossa Festa, é uma tarefa fundamental.
As provas desportivas, as iniciativas que por todo o país se realizam para a promover são também Festa, partilham do mesmo espírito, levam a muitas localidades os ideais que a inspiram.
A Festa é debate, onde nos diversos fóruns de debate - do Pavilhão Central aos espaços das Organizações Regionais, da ciência, da cidade internacional - o Partido discute com os visitantes os pequenos e grandes problemas que afectam os trabalhadores, as populações, o país e o mundo e as nossas propostas para a sua resolução.
A Festa é acto de abertura e comício de encerramento, espaços maiores de mobilização dos militantes do Partido, de denúncia da situação política e social e de afirmação das propostas do PCP para tirar o país da situação em que se encontra.
È conversa com os visitantes sobre os direitos dos trabalhadores e da necessidade da sua defesa.
É solidariedade internacionalista, troca de experiências, conhecimento de outras lutas, de outras realidades, da possibilidade real de construção da alternativa ao capitalismo. É expressão da luta que se desenvolve um pouco por todo o mundo por partidos comunistas e outras forças progressistas em defesa dos interesses dos seus povos, em luta pelo reconhecimento da sua realidade nacional, em defesa da sua soberania, em luta contra a ocupação dos seus países e a espoliação das suas riquezas, as suas propostas e experiências para a superação do capitalismo.
A Festa é cultura, não modelo imposto mas diverso, dando expressão a distintas correntes artísticas. Desde o fado ao rock, passando pelo jazz. São artistas nacionais e estrangeiros que fazem do nosso espaço o de programação maior e mais diversificada. A Festa é teatro, é dança, é etnografia e folclore de norte a sul do país, é animação da mais tradicional a novas abordagens.
A Festa é arte, este ano enriquecida pela realização da XV Bienal de artes plásticas, que, sob o tema «voa mais largo», lança o desafio a todos os que nela queiram participar, dando largas à sua criatividade e participando na maior Festa que o Portugal de Abril constrói.
A Festa é espaço do livro e do disco, onde podemos verificar as últimas novidades e encontrar este ou aquele exemplar já antes desejado mas só agora alcançável.
A Festa é ciência, abordagem reflectida das necessidades do Homem, mas também das limitações e possibilidades para a sua satisfação no capitalismo, colocando-se no caminho da satisfação das nossas necessidades e do desenvolvimento sustentável e pela recusa da sua subserviência aos objectivos da rapina dos recursos e do lucro.
A Festa é Espaço Central onde, para além do Forum que debaterá temas fundamentais da actualidade política, teremos uma exposição que será reflexo da imensa actividade do PCP, haverá lugar para a imprensa do Partido, o Avante! e O Militante, o espaço Rádio Comunic, o espaço das tecnologias da informação e da comunicação, onde se poderá adquirir o Komunix, versão adaptada da plataforma open source Linux, o espaço da banca.
A Festa é também desporto, actividade necessária ao desenvolvimento integral do ser humano, onde o desporto é prática e não consumo, afirmando a prática desportiva como necessidade.
A Festa é gastronomia, trazida pelas organizações do Partido, diversidade característica das diferentes regiões do país que nos brindam com pratos regionais característicos, os quais não estarão completos sem os vinhos produzidos pelo saber fazer acumulado de gerações, bem como pela oferta gastronómica de outras zonas do mundo.
A Festa é participação popular, que faz dela a maior iniciativa político-cultural do nosso País, onde o contributo do mais novo ao mais experiente é sempre bem-vindo, onde se pode usufruir da diversidade cultural.
A Festa é juventude, que, com a sua presença, participação e contributo, com a sua generosidade, entrega e dedicação, faz justamente da Festa do Avante! a festa da juventude e do futuro.
Escrito por Laurentino Barbosa
in OMilitante